sábado, 23 de janeiro de 2010

Campus Party 2010: sejam bem-vindos, educadores!

Falta muito pouco para o início da Campus Party, e acho que temos bons motivos para estarmos entusiasmados no que diz respeito ao lugar que o tema da educação vem ganhando nesse evento. Isso ficou muito claro, para mim, naquela manhã da coletiva. Foram quatro ou cinco perguntas que envolviam educação de alguma maneira, e foi muito legal descobrir que as atividades propostas pelo EducaRede ou com as quais estamos envolvidos ganharam o destaque que merecem na fala dos organizadores.
Duas mesas estão sendo organizadas diretamente pelo EducaRede – o painel Gerações Interativas: o uso responsável das telas digitais, no dia 27 às 20h e Redes Sociais e Educação, no dia 28 também às 20h – ambos na Área de Blogs.
A lista completa dos participantes de cada um dos paineis pode ser vista nesse post aqui.
Além disso, marcaremos presença no painel Grande Rede, pequenos produtores, no dia 26 às 14h30, já que fazemos questão de garantir um espaço para o depoimento de alunos blogueiros provenientes da Escola Pública. E o pessoal das comunidades do Minha Terra são exemplos concretos de uma aliança que não só é possível como é fonte de muita riqueza.
Na 6a feira, às 13h, vamos conferir também o Momento Telefônica sobre “Os desafios da mobilidade”, em que o Federico Casalegno, pesquisador do MIT, será entrevistado em video conferência, pelo Rogério da Costa, professor da PUC-SP, pelo Cazé Peçanha, e por alguns blogueiros envolvidos com as inovações que os celulares, netbooks e outros aparatos estão trazendo para o nosso dia a dia. E já está escalado para estar conosco o Claudemir Viana, gestor da Rede Social "Projeto Minha Terra", que estimula e acompanha com proximidade os usos que algumas escolas estão fazendo do celular para ampliar as possibilidades de aprendizagem.
O pessoal da Imprensa Jovem, que está multiplicando por várias escolas públicas a experiência do programa Nas Ondas do Rádio, vai estar lá dando cobertura ao evento como um todo. Por meio de uma parceria com o EducaRede, conseguimos que cerca de 20 jovens, além de 5 professores, fossem inscritos como campuseiros e possam pernoitar acampados por lá. Juntos, estamos articulando uma rede de cobertura do evento que trás desde o olhar de especialistas e professores até o frescor da curiosidade e da naturalidade do diálogo dos meninos.
Com tanto agito de debates e palestras, vai ser preciso separar um tempinho para conhecer os lançamentos que o EducaRede está fazendo, no estande da Fundação Telefônica. É não é coisa pequena não: o Tguia, um novo software de leitura da tela do computador, para facilitar a vida de deficientes visuais; o Twitencontro, um tradutor automático para postagens no Twitter em diversas linguas; e o Quizz EducaRede, um software que facilita a estruturação de atividades de aprendizagem valorizando conteúdos da web.
Então, a sugestão é anotar direitinho essas dicas imperdíveis, e ficar de olho nesse blog e no @educaredebrasil. Nessa semana, seremos todos olhos e ouvidos para as oportunidades interessantes para educadores na Campus Party.

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Aproveito para anunciar aqui os nomes dos quatro educadores agraciados com a inscriçã e a barraca para acampar na Campus Party:
1. Darwin Lanuskiewtz
2. Berenice Teixeira de Santana
3. Cleide Leocy Silva
4. Robson Leandro da Silva
90 convidados, escolhidos por ordem de inscrição, receberam por correio eletrônico o anúncio de sua seleção.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Abrindo-se para o universo de conhecimentos na Campus Party

Estive na coletiva de lançamento da Campus Party 2010 na semana passada. Foi interessante acompanhar a fala do Demi Getschko – uma das grandes figuras do Comite Gestor da Internet no Brasil, e uma figura chave nessa história. Aliás, é preciso reconhecer que a CP ocupa um papel importante de espaço de conversa e reflexão sobre as Redes Digitais no país. Como afirmou o Sérgio Amadeu naquele dia, quem quer aferir as tendências das Redes Digitais no Brasil precisa acompanhar a Campus Party.
Naquela manhã começou, para mim, o pedaço mais interessante do evento – o contato com pessoas com experiências muito variadas no que diz respeito ao uso das Redes. É a hora que a gente se dá conta que a internet é muito mais que o nosso mundinho particular, o nosso rol de contatos encastelado em sua similaridade, as nossas rotinas pouco ousadas e viciadas.
Valeu muito, de cara, conhecer o Anderson, coordenador da área de Simulação da Campus Party. Para começar, entendi que o pessoal da Simulação não se restringe à área de aviões: tem gente por lá que simula carro de corrida e submarinos, por exemplo. Ainda assim, se pensarmos só no potencial de aprendizagem presente nas atividades de simulação de vôo, já teremos uma relação respeitável de possibilidades a considerar. Uma delas – é o meu pedaço, não tem como eu não privilegiar – é a de reconstituição de batalhas aéreas históricas. Não há como participar de uma dessas batalhas sem cuidar bem de seus conhecimentos sobre geografia e história. Noções de metereologia, imagino, devem fazer parte do pacote. O conhecimento de física e matemática, com certeza, pode ajudar bastante: acelerar e desacelerar, os ângulos corretos para decolagem e aterrisagem, o consumo de combustível e as perspectivas de reabastecimentos, entre tantos outros exemplos.
Conversando com o Anderson, descobri que o membro mais jovem de seu esquadrão é um menino de 10 anos – a idade mínima era 12, mas ele insistiu tanto que o pessoal resolveu dar uma chance, e ficou evidente que ele merecia participar. Soube também que um outro membro do esquadrão é professor de português e fica em cima do pessoal na área de postagens de crônicas existente na página do esquadrão. Peraí, mas o pessoal que pratica simulação redige crônicas?
Se não houvesse mais nenhuma área na Campus Party, só acompanhar as atividades do pessoal da área de Simulação já seria um prato cheio para educadores que se interessem pelo uso de recursos digitais na educação.
Portanto, sapato confortável, bolsa leve e ouvidos e olhos bem abertos, pois as oportunidades de nos inspirar em coisas interessantes, na Campus Party, só requer tempo liberado para circular e fruir.