Aos poucos vamos vendo crescer as iniciativas que aproximam as atividades pedagógicas escolares da cibercultura. Às vezes parece mais lento do que gostariamos, mas vejo isso como um processo natural. Não são poucos os entraves: o ritmo de chegada dos equipamentos – em quantidade suficiente – à escola; o acesso à conexão banda larga; o envolvimento tímido dos diretores com esses processos, o que dificulta as iniciativas de professores que queiram usar; a experiência limitada dos professores com vida digital, o que dificulta a proposição de usos educacionais da internet.
Mas o namoro da escola com a cibercultura está saindo da lista dos tabus e ganhando o apreço de gente que antes o via com maus olhos.
2009 vai deixando marcas importantes de avanços nesse processo. A popularização do Twitter presta um serviço importante na agilidade da circulação da informação. A presença, na Rede, de alguns secretários da Educação (como já contei aqui), reforça o estímulo para que diretores e professores aproximem-se, conversem, falem de seu trabalho e tragam seus alunos para a internet.
O Twitter mostrou alguns ganhos nas atividades do EducaRede também. O Ponto de Encontro, atividade periódica das comunidades do Minha Terra, destacou-se como oportunidade para colocar os alunos em contato e ajudá-los a se apropriar da ferramenta, encontrando usos interessantes para os projetos de trabalhos que desenvolvem nas escolas. Hoje mesmo soube de uma reunião entre um grupo de alunos monitores de uma escola da prefeitura de São Paulo com o presidente e engenheiros da CPTM, para solicitar uma passarela na região - tinham projeto pronto e um abaixo assinado da comunidade! Vejam aqui as fotos!
A participação de educadores no Campus Party tende a ganhar corpo - seja nesse ano, seja nos próximos, acredito que a tendência é começarmos a nos assumir como usuários menos temerosos das tecnologias digitais. Em 2009, já havia uma caravana do NTE do Rio de Janeiro. Seria maravilhoso vermos outras, de vários estados, em 2010. Na pulsação daquela fervura que é o Campus Party, há muita a energia dedicada a aprendizagem. A possibilidade de circular por lá, acompanhando uma variedade de atividades que digam respeito a questões que tocam direta ou tangencialmente as nossas realidades nas escolas funciona como inspiração pura para nossos desafios no dia a dia.
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É isso aí, a medida que participam ativamente de novas práticas sociais possibilitadas pelas TICs, os educadores vão vivenciando a emergente cultura digital, e o quanto de fato a educação não pode mais ignorá-la.
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